quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Infância *

Entre conversas sobre o crescimento dos meus primos, diziam-me 3 das minhas tias que, dos 14 sobrinhos que teêm eu fui sem dúvida a criança mais feliz.Contaram-me que passava a vida a cantar, a dançar e a "roubar-lhes" as roupas, os saltos, os batons e a Laca (para fazer uma poupa, que na altura se usava!).Disseram que de todos fui a mais cómica, que falou e andou mais cedo, e que andava sempre a rir e a sonhar. A mais gulosa, a mais vaidosa, a que as desafiava sempre para brincar!E claro, relembraram aquelas patifarias que eu fazia, algumas que ainda hoje me lembro. E a minha mãe toda orgulhosa com o tema da conversa, fez questão de relembrar os dias em que a D.Matilde, a minha professora primária, me levava de sala em sala e me pedia que voltasse a cantar, a dançar ou a fazer isto e aquilo que tinha feito para ela. Voltou a lembrar-me do dia em que, com 6 anos, me recusei a fazer uma dessas exibições para os outros professores da escola e disse " Não vou cantar mais professora! Antes eu tinha 5 anos e gostava de brincar, mas agora já tenho 6 anos e quero que isto seja a sério!". Meu Deus, que fedelha! As minhas tias diziam, que tanto eu como a minha prima (mais velha um ano) recebiamos tantas prendas como agora as crianças recebem agora no Natal, mas que eu as abria uma a uma e fazia uma festa que durava... 1 ano? Mais importante de tudo e o que mais gostei de ouvir, elas disseram que eu tinha uma energia, um sorriso,um brilho nos olhos, que em poucas crianças se vê. Que era mesmo feliz, independentemente de ter uma ou cinco prendas ou de o jantar ser sopa ou batatas fritas!

1 comentário:

  1. Manda lá uns dez desses como tu para troca. Tenho uns que gostava de mandar para trás.lol.

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